7 de fevereiro de 2011

Comentando Jay Conrad Levinson

Começando a dizer que quem sou eu pra comentar sobre os artigos e estudos do Pai do Marketing de Guerrilha, mas como as coisas tem tomado um rumo que nem mesmo o Pai do Céu previu, vamos colocar em pratos limpos o que acontece por aí.

Primeira coisa que é importante frisar é que Jay (intimidade) pensou no Marketing de Guerrilha como uma estratégia que englobasse toda a empresa, desde seus objetivos de Marketing até a gestão de recursos humanos e financeiros. E o que aconteceu é que a galera captou a essência da teoria de marketing de guerrilha e aplicou no marketing promocional, na propaganda, enfim somente ao P de promoção.

Daí chega a internet e o boom da comunicação digital e a importância de qualquer empresa entrar nesse novo espaço obriga o surgimento de teorias, dicas, conselhos e etc. Jay, claro, vai abordar essa entrada pensando numa estratégia ampla de marketing e de comunicação, mas vai vacilar (desculpa, paizinho) em algumas afirmações:

Ao anunciar na internet, você deve se perguntar se quer induzir as pessoas o suficiente para visitar seu site e permanecer para fazer negócios.

A gente tá cansado de saber que os objetivos são variados, e quando pra uns é efetivar negócios, pra outros é monitorar concorrentes, fortalecer a marca perante seu público alvo e tal. Mais importante que estar atento a fechar negócios, sejam compras, serviços ou o escambau, é importante estar na internet – e não falo estar por estar – ouvindo seu consumidor, respondendo quando ele pergunta, perguntando sobre sugestões para melhorar, tudo isso de maneira rápida e eficiente.“Anunciar” soou um pouco século 20, a gente sabe hoje que as Redes Sociais na internet são um grande potencial de promoção de marca, com sites de relacionamento, blogs e microbloggs, adwords e outras cositas más, recursos que dependendo do objetivo, são mais eficazes do que o anúncio propriamente dito (banner, pop ups).

Frequentemente as pessoas da alta cúpula (gestores, administradores) estão por fora da tecnologia ou dos avanços da web e podem ter resistência ou não perceber os riscos.

Como diz meu irmão: disconcordo. Muita coisa tem mudado, inclusive a mentalidade dos gestores. Tá certo que ainda falta muito, principalmente quando se trata do mercado de Salvador, quando as empresas não conseguem investir tanto esforço e dinheiro na internet. Mas devido a própria educação e conhecimento que as empresas de comunicação tem tido sobre internet, Redes Sociais e outros, há um aumento considerável de adesão a ferramentas na rede e, mais que isso, a educação das empresas e empresários a fim de valorizar e perceber o potencial da web.

Apesar de Jay focar muito em negócios e sites (coisa bastante pertinente para o século 20), perceba que a maioria das dicas são válidas: contrate um profissional, e ele saberá se pra sua empresa é melhor um site, um blog ou uma propaganda na TV.

2 comentários:

Luís Guilherme Ferraresi disse...

Bom,

Concordo no ponto em que você diz que pelo menos aqui no Brasil, levaram o marketing de guerrilha a um patamar muito inferior ao que ele realmente é. Por aqui tem muita gente/empresa falando que atua com marketing de guerrilha quando na verdade trabalha com promoções criativas ou algo assim.

Agora, quando Jay Conrad afirma que é preciso fazer a pessoa visitar seu site e fazer negócios, penso que o cerne de toda empresa é fechar realmente fechar negócios.

Todos os objetivos secundários direcionam para um objetivo maior: Lucro, vendas, crescimento. Ao fortalecer uma marca, monitorar concorrentes, gerar conteúdo relevante, aproximar-se do seu público-alvo etc. A empresa nada mais busca do que "vender" mais. Isso é a razão de ser de toda empresa e por isso acho que Jay Conrad fala tanto em efetivar e fechar negócios, independente da forma.

Falando agora do fato de que os gestores estão por fora da tecnologia e mundo web. No Brasil a gente ve que isso esta engatinhando ainda, quem tem uma boa visão das possibilidades desse universo web são as grandes corporações. As pequenas e médias empresas, que são verdadeiramente o foco do marketing de guerrilha (as grandes apenas estão se aproveitando do potencial gigante que o pensamento guerrilheiro traz) ainda estão realmente por fora e ainda encaram nosso trabalho no ambiente virtual com tamanha desconfiança.

Resumindo, ainda falta muito para que os gestores das pequenas e médias empresas comecem realmente a entender o real valor do marketing para as empresas, pois as empresas maiores já estão evoluindo do conceito tradicional de marketing para o do marketing de guerrilha.

Luís Guilherme Ferraresi
Bunker - Marketing de Guerrilha
Belo Horizonte - Minas Gerais

Larissa Santiago disse...

obrigada Luis pela colaboração!