Acabou ontem mais uma edição do Cibercomunica5.0 realizado pelo centro Universitário Unijorge, que teve como tema Ciber Democracia. Estive presentes nos três dias, infelizmente só num turno, mas a impressão que tive foi que os jovens, alunos e todo mundo que se interessa pelo tema está de saco cheio e acha que sabe demais: isso porque, com exceção do primeiro dia, todos os outros dias (repito, que estive num turno só – a noite) o auditório estava vazio e os presentes pouco participavam.
No primeiro dia, dia do lançamento do livro Futuro da Internet, do professor André Lemos em parceira com o filósofo e professor Pierre Lévy, rolou um bate-papo sobre como surgiu a ideia do livro e sobre o otimismo impresso no livro a respeito do futuro da internet. André Lemos empolgou a galera dizendo que teria feito uma surpresa, não fosse a conexão do lugar: Lévy daria um recado via skype, mas como não foi possível enviou um sms. No segundo dia, o professor Messias Bandeira introduziu o tema cultura digital como política pública e fez uma das mais animadas apresentações incluído desde conceitos como o da teoria crítica da comunicação até assuntos atuais como o copyleft e o debate sobre direitos autorais. A tira-colo, o professor levou Alice Lacerda que falou da aplicação de políticas públicas no governo atual, tendo como base o estudo de caso do programa do ministério da cultura – o Cultura Viva – que visa incentivar a sociedade civil e organizada a produzir, distribuir e comunicar cultura por meio dos pontos de cultura. Na melhor parte dessa discussão tive que me ausentar e não ouvi o debate sobre o tema.
E ontem no último, e menos cheio dia, o professor e cientista social Silvio Benevides falou sobre a nova política nos espaços cibernéticos, reforçando que a juventude e a sociedade atual está sim engajada em lutas sociais, mas que usa outros espaços – como a rede – para se articular e reivindicar seus direitos. Silvio foi quem se dirigiu aos presentes de forma coloquial, explicando muito bem sua tese de doutorado e deixando claro para todos qual o papel do espaço cibernético na atualidade.
Confesso que esperei mais do Cibercomunica em termos de participação: só me lembrava do ano em que estive lá e que até ação de guerrilha rolou. Mas valeu a pena ter ido ouvir alguns dos muitos especialistas em ciberespaço, comunicação e política do Brasil. Percebi que realmente estamos bastante avançados nesses estudos e quem não foi perdeu a oportunidade de refletir e refletir sobre os casos e exemplos atuais de ciber democracia.
2 comentários:
Olá!
Só pude ir no último dia.
E infelizmente achei que o palestrante deixou a desejar. Realmente esperava mais.
Posso pontuar o fato dele ter denominado o importante projeto Ficha Limpa, como Mãos Limpas mostrando estar longe do conceito de um projeto que tem absolutamente tudo a ver com a temática apresentada.
Juan Cruz
http://www.emermo.com
Eu estive presente em todas as palestras exceto a de Messias, que na hora estava na outra palestra (de Produção Audiovisual). Achei de fato uma pena o publico ter ido em tão pouca escala.
De todas as palestras que eu pude ver talvez a que eu possa destacar mais foi a de Sivaldo Pereira, que foi pela manhã. Uma tese sobre democracia através de plataformas digitais, muito interessante, muito bem explicada e exemplificada.
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