14 de maio de 2010

CIBER DEMOCRACIA DISCUTIDA EM SALVADOR

Acabou ontem mais uma edição do Cibercomunica5.0 realizado pelo centro Universitário Unijorge, que teve como tema Ciber Democracia. Estive presentes nos três dias, infelizmente só num turno, mas a impressão que tive foi que os jovens, alunos e todo mundo que se interessa pelo tema está de saco cheio e acha que sabe demais: isso porque, com exceção do primeiro dia, todos os outros dias (repito, que estive num turno só – a noite) o auditório estava vazio e os presentes pouco participavam.

No primeiro dia, dia do lançamento do livro Futuro da Internet, do professor André Lemos em parceira com o filósofo e professor Pierre Lévy, rolou um bate-papo sobre como surgiu a ideia do livro e sobre o otimismo impresso no livro a respeito do futuro da internet. André Lemos empolgou a galera dizendo que teria feito uma surpresa, não fosse a conexão do lugar: Lévy daria um recado via skype, mas como não foi possível enviou um sms. No segundo dia, o professor Messias Bandeira introduziu o tema cultura digital como política pública e fez uma das mais animadas apresentações incluído desde conceitos como o da teoria crítica da comunicação até assuntos atuais como o copyleft e o debate sobre direitos autorais. A tira-colo, o professor levou Alice Lacerda que falou da aplicação de políticas públicas no governo atual, tendo como base o estudo de caso do programa do ministério da cultura – o Cultura Viva – que visa incentivar a sociedade civil e organizada a produzir, distribuir e comunicar cultura por meio dos pontos de cultura. Na melhor parte dessa discussão tive que me ausentar e não ouvi o debate sobre o tema.

E ontem no último, e menos cheio dia, o professor e cientista social Silvio Benevides falou sobre a nova política nos espaços cibernéticos, reforçando que a juventude e a sociedade atual está sim engajada em lutas sociais, mas que usa outros espaços – como a rede – para se articular e reivindicar seus direitos. Silvio foi quem se dirigiu aos presentes de forma coloquial, explicando muito bem sua tese de doutorado e deixando claro para todos qual o papel do espaço cibernético na atualidade.

Confesso que esperei mais do Cibercomunica em termos de participação: só me lembrava do ano em que estive lá e que até ação de guerrilha rolou. Mas valeu a pena ter ido ouvir alguns dos muitos especialistas em ciberespaço, comunicação e política do Brasil. Percebi que realmente estamos bastante avançados nesses estudos e quem não foi perdeu a oportunidade de refletir e refletir sobre os casos e exemplos atuais de ciber democracia.

2 comentários:

JuANiTo disse...

Olá!
Só pude ir no último dia.
E infelizmente achei que o palestrante deixou a desejar. Realmente esperava mais.
Posso pontuar o fato dele ter denominado o importante projeto Ficha Limpa, como Mãos Limpas mostrando estar longe do conceito de um projeto que tem absolutamente tudo a ver com a temática apresentada.

Juan Cruz
http://www.emermo.com

Augusto Tremarin disse...

Eu estive presente em todas as palestras exceto a de Messias, que na hora estava na outra palestra (de Produção Audiovisual). Achei de fato uma pena o publico ter ido em tão pouca escala.

De todas as palestras que eu pude ver talvez a que eu possa destacar mais foi a de Sivaldo Pereira, que foi pela manhã. Uma tese sobre democracia através de plataformas digitais, muito interessante, muito bem explicada e exemplificada.