22 de agosto de 2010

GUERRILHA É...


Sem inspiração pra escrever, comecei a pensar que podia criar uma série de textos com o tema "guerrilha é". Verdade que definir coisas para quem não é nenhum teórico ou especialista de papel passado é difícil, mas nada que a prática não ensine, não é mesmo?

Andando pelo interior da Bahia percebi que guerrilha é estar perto das pessoas e mais: ouvi-las com atenção e respeito. É conversando e principalmente ouvindo que você consegue entender (ou não) como as pessoas pensam, o que elas sentem e querem sentir. E como alguém já disse em algum lugar é por sentimentos que fazemos as coisas – sejam eles bons ou ruins, provocados ou simplesmente sentidos. E é tão engraçado e gratificante quando você ouve a pessoa falar de alguma coisa que você fez, de algo que você contribuiu para que acontecesse.

Guerrilha é isso: é dar espaço para a mulher da rua, o vigilante do edifício ou do taxista falar do que achou ali na hora. Costumo dizer que ninguém assiste TV calado. Comentamos sobre a roupa, a imagem, o ângulo, a música, mas a TV ainda (eu disse ainda) não nos ouve. Na guerrilha a sensação da reação – espanto, felicidade ou indiferença é imediata. E a graça e a recompensa é entender as pessoas, mesmo que seja um pouco, já que somos todos tão diferentes e mutantes ao mesmo tempo.

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