31 de maio de 2011

#FalaProfissa Mídia X Marketing de Guerrilha

Muitos estudantes de comunicação, logo que entram na universidade, ainda se perguntam sobre uma clássica dúvida: “qual a diferença entre Mídia e Marketing de Guerrilha?”. E realmente, a linha entre os dois conceitos é muito tênue.

O pressuposto principal para a estratégia ser uma Mídia é, em primeiro lugar, fazer parte da ferramenta de propaganda. Já o Marketing de Guerrilha faz parte, na maioria das vezes, da ferramenta de promoção de vendas. Enquanto propaganda, a mídia pressupõe a existência de um veículo de comunicação – empresa que intermedia a veiculação em um meio de comunicação – e ainda contempla a possibilidade de veiculação de qualquer anunciante, salvo raras exceções. Sob outra ótica, a discussão acerca do Marketing de Guerrilha envolve a ferramenta promocional pela sua característica inusitada, inovadora, diferente de tudo o que já foi realizado anteriormente. Enquanto a Mídia sugere grandes montantes de investimento, o Marketing de Guerrilha requer pouquíssimos investimentos por ação, o que possibilita que pequenos anunciantes possam adotá-lo para divulgação dos seus serviços, produtos e marcas. E de forma completamente diferenciada de seus concorrentes!

Não desmerecendo a veiculação na Mídia, o Marketing de Guerrilha é uma estratégia importantíssima para os anunciantes que desejam se aproximar dos seus consumidores finais. A Mídia, por mais diferenciada que seja, muitas vezes se torna invasiva – mídia em sanitários (painéis internos nas cabines e até em papel higiênico, no caso da Alemanha), mídia em academias, mala-direta, e-mail marketing, dentre outras. Muitas vezes, o consumidor deseja o mínimo de “privacidade”, sem interferência de marcas que ostentam a propaganda de maneira invasiva.

No caso das ações promocionais, em especial o Marketing de Guerrilha, o consumidor estabelece contato com a maneira de forma mais subliminar, sendo envolvido por um momento inusitado, que desperta curiosidade.

As duas estratégias se completam. O interessante é poder trabalhá-las de maneira conjunta, como nesta ação , embasada na mídia cinema, mas mantendo o caráter inusitado e diferenciado, elaborada pela agência Eurofort Ogilvy para o anunciante Wall Street Institute.

Milene Moura é especialista em Mídia e Marketing, professora do curso de Publicidade e Propaganda da Unifacs, pós graduada pela ESPM em Marketing de Serviços e atua há 13 anos no mercado soteropolitano.

2 comentários:

Erivaldo Júnior (Siri) disse...

Excelente explicação, Milene! Vou compartilhar este post, pois muitos profissionais (não só estudantes) ainda não sabem distinguir esses conceitos.

Só quero fazer uma ponderação sobre a parte em que você diz "o Marketing de Guerrilha requer pouquíssimos investimentos por ação". Isso é algo que vem sendo dito desde que Jay Conrad escreveu seu 1º livro, mas eu discordo. É claro que normalmente é assim, com um investimento pequeno, mas nem sempre. Hoje em dia já vemos verdadeiras "campanhas de guerrilha" que precisaram de um grande investimento - as Tchecas são um exemplo disso, gastaram mais de 50 milhões. Prefiro dizer que o marketing de guerrilha amplifica os resultados, se comparado com os que seriam conquistados com o investimento em propaganda tradicional.

Grande abraço!

FRENTE disse...

concordo com você, Júnior!
Sabemos que não só as pequenas empresas investem no marketing de guerrilha como ferramenta e que as grandes verbas permitem ações maiores, com muito mais impacto e com um retorno superior (seja de conversão em compra, seja em buzz em torno da marca) para o cliente.