21 de março de 2011

Justin Bieber: uma aula de brand experience #FalaProfissa

Atenção: Se você faz parte da massa que julga Justin Bieber somente pelo o estereótipo que formaram dele, saiba que este post é pra você - principalmente se você for publicitário. Ah, quero ressaltar que não sou fã de Justin Bieber, mas reconheço o seu trabalho e bato palmas pra forma como ele vem promovendo experiências para os seus fãs.

Recentemente assisti o documentário que conta a carreira dele (sim, eu paguei pra ver, e não me arrependo). E depois de ouvir comentários como “Não pode! Como uma criança tem um documentário sobre a sua vida?”, enxerguei que na verdade Justin quis GRITAR algo assim: “Foda-se! Tenho 16 anos, cabelo esquisito e voz afeminada, mas sou Justin Bieber; um fenômeno do consumo que respira música desde sempre e que quer levar alegria para as pessoas.”

Vi no documentário que Justin Bieber faz algo que toda marca deveria fazer: promover experiências (brand experience). Mesmo ele sendo uma “grande corporação”, continua ligado às suas origens e faz questão de ter seus consumidores (fãs) juntos dele – seja na rua ou nas redes sociais.

Carismático, verdadeiro e acessível, Justin faz dos seus shows momentos únicos, em que a experiência e a proximidade são valorizadas e vivenciadas por fãs que sobem ao palco para cantar com ele. Fora as suas ações online, que transformam os fãs em verdadeiros advogados da sua marca, Justin ainda estabelece uma rede de contatos com grandes formadores de opinião da música, como o Usher e outros, que potencializam seus shows com performances (experiências) únicas. E é com essas e outras ações de brand experience (BE) que Justin consegue se conectar aos seus fãs.


E qual é o resultado de tudo isso? Mais de 80 shows por mês; lotou o Madison Square Garden em menos de 1 hora; tem quase 8 milhões de seguidores no Twitter; mais de 301 milhões de visualizações nos seus vídeos no You Tube; foi o cantor mais pesquisado no Google em 2010; e é o artista mais influente nas redes sociais. Tais números representam um fenômeno do consumo.

Se você, publicitário, não consegue se desprender dos seus preconceitos para analisar o PRODUTO Justin Bieber, lamento, pois tá perdendo uma fonte rica de insights de como marcas e consumidores se conectam. Se você consegue assistir, parabéns, pois verá um case bem interessante de um garoto que nasceu da Geração Internet e que é consumido por ela.

Ps: homem que é Homem e mulher que é Mulher conseguirá assistir ao documentário sem se preocupar com o que os outros vão dizer.


Júnior Siri Moderador da Comunidade de Guerrilha da Espalhe e estagiário de planejamento na Teaser Propaganda

2 comentários:

Erivaldo Júnior (Siri) disse...

E o silêncio reina entre os comentários. Isso me faz pensar várias coisas negativas kkkk

Celine Ramos disse...

rsrs
Siri, eu concordo com você. Coloquem o gosto pessoal de lado...vamos por na mesa o marketing. Ele é um mega case. Ser transformado num sucesso desse com o que ele tem de "cultura", de qualidade musical, é pra se espantar e abrir o olho para estudar sobre.